Polícia Federal estima que Abin no Governo Bolsonaro monitorou quase 30 mil pessoas ilegalmente. Ex-governador Camilo Santana foi alvo de espionagem

  • 25/01/2024

Investigação da Polícia Federal sobre esquema de monitoramento ilegal feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o Governo Bolsonaro aponta que mais de 30 mil pessoas no País foram vítimas de espionagem. Na lista está o ex-governador do Ceará e hoje ministro da Educação, Camilo Santana.

Segundo a investigação da PF, uma organização criminosa instalada na Agência Brasileira de Inteligência, alvo da Operação Vigilância Aproximada, teria espionado Camilo Santana, quando ele ainda era governador do Ceará. Drones monitoraram a residência oficial de Camilo Santana, em Fortaleza.

A Abin teria sido instrumentalizada para monitorar ilegalmente autoridades e pessoas envolvidas em investigações, e também desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Cerca de 1.500 números de telefones foram alvo de espionagem. Os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, também foram alvos de espionagem.

Segundo Alexandre de Moraes, que autorizou busca e apreensão contra o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o hoje deputado federal usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre autoridades espionadas estavam também a ex-deputada Joice Hasselmann e o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.