Provas obtidas pela PF na delação de Mauro Cid também deixam Jair Bolsonaro mais perto da prisão
A grande pergunta do momento após a revelação dos detalhes da operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade) da Polícia Federal é “quando o ex-presidente Jair Bolsonaro será preso?”. Isto porque, as provas apresentadas por Cid à PF robustecem a participação direta de Bolsonaro na elaboração de um plano de Golpe de Estado no País após a vitória de Lula. Vale lembrar que a investigação mira também militares de alta patente e ex-ministros que atuavam no Governo passado.
O que foi apurado até agora aponta para os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Pelo que foi apurado até agora, há uma minuta golpista que previa a prisão dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Foi descoberto também um vídeo apreendido no computador do tenente-coronel Mauro Cid, que registra uma reunião de 5 de julho de 2022, no Palácio do Planalto, sobre o caminho para atacar o TSE e a legitimidade do sistema eleitoral. Bolsonaro e ministros tramavam uma forma de golpear as eleições e o processo democrático de escolha popular.
Diante do que foi apurado até agora, há elementos para a prisão de Bolsonaro. No entanto, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, parece usar da prudência para evitar a prisão preventiva do ex-presidente a fim de fazer o processo se desenvolver, Bolsonaro se tornar réu e, futuramente, venha pagar pelos crimes que cometeu atrás das grades. Sem passaporte ele já está e não pode deixar o Brasil.
E que todos que tenham envolvimento nessa trama contra a Democracia no País também sejam condenados e presos.
