PF investiga 10 generais e outros 25 militares por plano para assassinar Lula, Alckmin e Moraes. General Mário Fernandes disse que Bolsonaro deu aval ao golpe de estado
Um dos presos na Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última terça-feira, dia 19 de novembro, o general da reserva Mário Fernandes afirmou, em áudio divulgado pela investigação, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu aval para um plano golpista no Brasil até 31 de dezembro de 2022, último dia de mandato. O áudio foi enviado por Fernandes a Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) revelou que a trama envolvendo militares de alta patente para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes pode ser ainda mais ampla do que inicialmente estimado. A Operação Contragolpe, que investiga a conspiração, já identificou a participação de pelo menos 35 militares, incluindo dez generais, 16 coronéis e um almirante, mas as evidências indicam a existência de uma rede maior de apoio e articulação.
Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que a operação Contragolpe, deflagrada na terça-feira (19) pela Polícia Federal, aumenta o isolamento de Jair Bolsonaro (PL) e enfraquece sua tentativa de manter um discurso internacional em defesa de uma anistia.