Governadores da direita participam de ato em favor de anistia na Paulista e buscam votos do bolsonarismo em 2026
O bolsonarismo realizou mais uma manifestação em favor da anistia dos acusados de vandalizar a Praça dos Três Poderes, em Brasília. Em São Paulo, o ato comandado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu cerca de 45 mil pessoas, no seu ápice, segundo pesquisadores da USP. A quantidade de pessoas medidas é 1/4 do registrado no primeiro ato a favor do perdão dos envolvidos no 8 de janeiro. Sete governadores estiveram presente ao lado de Bolsonaro, que está inelegível. Quatro deles são potenciais candidatos à presidência da República em 2026. Todos eles buscam garantir o voto dos eleitores bolsonaristas.
Wilson Lima (União ), do Amazonas; Jorginho Melo (PL), de Santa Catarina; Mauro Mendes (União), de Mato Grosso; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, estão no primeiro mandato. Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; e Ronaldo Caiado (União), de Goiás, participaram do ato na avenida Paulista, em São Paulo.
Apesar da pressão crescente sobre o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), líderes partidários afirmam que ainda não há clima político para a tramitação do projeto de anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro. A avaliação de que a estratégia adotada pelo PL e seus aliados durante o ato convocado por Jair Bolsonaro neste domingo, dia 6 de abril, na avenida Paulista, pode surtir efeito contrário e ampliar o isolamento da legenda no Parlamento.
