Carlos Lupi é pressionado para pedir demissão após descoberta de fraudes no INSS. Aliados do Planalto defendem que Lula demita ministro
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT) está na berlinda. Ele se tornou alvo de aliados e da oposição após o início da operação da Controladora Geral da União (CGD) e da Polícia Federal que investiga fraudes que provocaram prejuízos de até R$ 6,5 bilhões nos cofres do INSS, com descontos indevidos de aposentados desde 2019. O presidente Lula já demitiu o presidente do INSS Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi. Agora, Lula é pressionado para exonerar Carlos Lupi, que não teria tomado as providências devidas quando foi alertado das fraudes.
Lupi deve ser ser ouvido em comissões na Câmara dos Deputados e no Senado nesta terça-feira, dia 29 de abril, e terá que explicar por que não investigou o esquema de fraude bilionário ao ser alertado em janeiro de 2023 pela ex-integrante do Conselho Nacional de Previdência Social, Tonia Galetti.
Parlamentares do PDT dizem que o partido pode deixar a base do Governo Lula, caso Carlos Lupi seja demitido do Ministério. O próprio Carlos Lupi também está sendo pressionado para entregar o cargo, enquanto acontecem as investigações.
O valor retirado de aposentados, sem autorização, era repassado a associações que alegavam oferecer serviços como assistência jurídica, financeira e de saúde. Em conversa com jornalistas, Carlos Lupi disse ter tomado medidas para resolver o problema, mas reconheceu que a investigação levou “tempo demais”, tendo que a CGU e a PF entrassem no caso.
