Advogados de Temer entregam defesa, mas está difícil manter base aliada
O presidente Michel Temer já entregou a sua defesa sobre a denúncia com base nas delações de executivos da JBS, mas está complicado manter a base aliada. Há claro cenário de traições a serem cometidas na votação na Câmara Federal na aceitação da denúncia.
Temer se reuniu com os 22 ministros de seu governo e disse que, mesmo que seja derrotado na Câmara, tem certeza de que será absolvido pelo STF. Tá difícil acreditar nessa hipótese. Ele viaja nesta quinta-feira, dia 6 de julho, para a reunião do G20 na Alemanha.
Além do mais, há duas delações para sair que podem complicar ainda mais a situação de Temer: a do ex-deputado Eduardo Cunha e a do operador financeiro Lúcio Funaro. As duas tendem a atingir em cheio o Palácio do Planalto e o PMDB na Câmara, grupo político de Temer.
Aos poucos, a base aliada de Temer vai se esfacelando. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati, afirma que é crescente o movimento de desembarque da sigla do governo de Michel Temer. “A posição do partido é cada vez mais clara. Não dá para controlar, as coisas vão acontecendo”. Tasso é um dos principais defensores de que sejam devolvidos cargos e ministérios do PSDB ao Palácio do Planalto.