NOVO GOVERNO TEMER: OS IMPACTOS PARA O MUNICÍPIO DE FORTALEZA E O ESTADO DO CEARÁ
NOVO GOVERNO TEMER: OS IMPACTOS PARA O MUNICÍPIO DE FORTALEZA E O ESTADO DO CEARÁ O presidente da República em exercício, Michel Temer, começa a trabalhar nesta sexta-feira, dia 13 de maio, de forma efetiva. Ministério nomeado, é hora de colocar a mão na massa. Mas qual será o impacto do governo dele para o município de Fortaleza e o Estado do Ceará? O governador Camilo Santana e o prefeito Roberto Cláudio foram aliados do Governo Dilma e a apoiaram durante todo o processo de impeachment. Haverá algum tipo de boicote por parte de Temer?
O fato é que há muitas obras e projetos em execução no Estado e na Capital que dependem de recursos federais. O dinheiro está assegurado em contrato. No entanto, quem garante que os recursos serão liberados? Haverá algum contigenciamento? Camilo Santana e Roberto Cláudio prometem manter um bom relacionamento institucional com o presidente em exercício da República. Como deve ser.
Outro fator a ser analisado. O senador cearense Eunício Oliveira (PMDB), que é adversário de Camilo Santana e de Roberto Cláudio, saiu vitorioso com o afastamento de Dilma. Até ontem, Eunício era aliado de Lula e da presidente afastada. Mas com a ascenção de Temer à Presidência da República, Eunício mudou de lado. Votou a favor do impeachment no Senado. Não sei se por constrangimento, o senador do PMDB nem discursou na sessão de afastamento.
Este ano, teremos eleições municipais. Eunício Oliveira, agora, tem o apoio federal. Camilo Santana e Roberto Cláudio terão uma relação com a União apenas no campo do institucional. De acordo com o que já declarou o senador peemedebista, ele não apoiará “nenhuma ação federal que venha a prejudicar o Ceará”. É acompanhar pra ver.
E por fim. Michel Temer inicia seu governo com uma redução ministerial para 23 indicados. A maioria já conhecida dos brasileiros. Em discurso, prometeu manter programas sociais, como o Bolsa Família, e dar apoio a Operação Lava Jato. Neste último quesito, começou mal. Nomeou sete ministros que estão denunciados na própria Operação conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal. É o preço dos acordos.
O certo é que, para conter a crise econômica, medidas duras são esperadas. Com apoio da Fiesp, proposta de reforma trabalhista é esperada no Congresso Nacional. Na Previdência também. Não à toa, Temer fundiu dois ministérios fundamentais num só: Fazenda e Previdência. Que o trabalhador e o assalariado não saiam perdendo nessa…
Maioria no Parlamento, por enquanto, o presidente em exercício tem para aprovar as medidas que considera necessária. Mas é bom lembrar. É aquela maioria “podre” (parlamentares fisiologistas que pensam mais em si que na população), que um dia já deu sustentação ao Governo Dilma. É saber até quando vai durar a lua de mel.