Acordo pode barrar reajuste nos combustíveis. Resta chegar no consumidor final

  • 23/05/2018

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O Governo Federal fechou um acordo com os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, para eliminar o imposto incidente sobre diesel. Em contrapartida, o Congresso aprovará o projeto de reoneração da folha.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou que a desoneração da folha de pagamento acabará para todos os setores em dezembro de 2020 e que o Governo eliminará o tributo incidente sobre o diesel.
O anúncio é feito em meio a protestos de caminhoneiros em todo o país contra o aumento no preço dos combustíveis.
A expectativa é que a retirada do imposto, conhecido como Cide, barre o reajuste dos combustíveis e não atinja o consumidor final nos postos.

A Cide é cobrada desde maio de 2015. A alíquota é de R$ 0,10 por litro para a gasolina, e R$ 0,05 por litro para o diesel. Não há cobrança para o etanol.
Na prática, o efeito no preço para o consumidor deve ser pequeno. A Cide corresponde a cerca de 2% do preço da gasolina e 1,5% do valor do diesel nas bombas.

A Petrobras já diz que reduzirá os preços de diesel e da gasolina nas refinarias a partir de quarta-feira, dia 23 de maio. Foi o primeiro corte nos preços dos combustíveis desde 3 de maio. O motivo foi a queda do dólar.