Ameaçado de cassação no Senado, Sergio Moro procurou ministro Gilmar Mendes. Placar no TRE do Paraná está 1 a 1
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná retomou na tarde desta quarta-feira, dia 3 de abril, o julgamento que pode culminar na cassação do senador Sérgio Moro (União-PR), investigado por suposto abuso de poder econômico nas eleições de 2022.
O placar está em de 1×1: o relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha, votou contra a perda do mandato do ex-juiz da Operação Lava Jato, sob o entendimento de que ‘não foi provado abuso, caixa 2 e nem corrupção’; já o desembargador José Rodrigo Sade entendeu que houve ‘patente abuso’ no caso, com a ‘quebra da isonomia do pleito, comprometendo sua lisura’.
Perto de ter o seu mandato de senador cassado e isolado politicamente, Sergio Moro busca apoio para tentar reverter a grave situação em que se encontra. O ex-juiz considerado suspeito pelo STF convidou o ministro do STF Gilmar Mendes, crítico notório da Lava Jato, para um diálogo presencial. Tentou justificar a Gilmar que não cometeu irregularidades na Lava Jato, nem cometeu abuso econômico na campanha eleitoral ao Senado. Ouviu do ministro do STF que todos os fatos já apurados até agora têm mostrado o contrário.
Independentemente do resultado no TRE do Paraná , o caso da cassação de Sergio Moro será analisado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dará a última palavra.
